domingo, 27 de dezembro de 2009

Cidades de transição/ Transition towns

O que são cidades de transição?

Imagine cidades inteiras sustentáveis, baseadas no comércio local, independentes do petróleo e de importações de alimentos. Pois elas já existem graças à visão e ação de Rob Hopkins, criador do movimento Transition Towns (Cidades em Transição). Assustado com a dependência exterior do Reino Unido em combustível e alimentação e sabendo que esse cenário de mudança climática e escassez de petróleo só irá piorar nos próximos anos, Rob decidiu que apenas suas ações individuais como permaculturista não iriam bastar.



Com a sua vasta experiência em ecovilas e como professor de universidade, construiu um plano de mudança com o objetivo de alcançar a resiliência que, neste caso, significava a capacidade de sobreviver a choques externos como a escassez do petróleo, crises na produção de alimentos, falta de água e energia. Incluiu, nesse plano, todos os setores da sociedade – governo, setor privado e cidadãos – e todos os aspectos da vida cotidiana – saúde, educação, transporte, economia, agricultura e energia.

Sua primeira vitória foi em 2005, em Kinsale, na Irlanda, onde ensinava na universidade local, com a histórica decisão que levou o município todo a adotar o movimento como seu plano de gestão. Hopkins mudou-se então para Totnes, na Inglaterra, e transformou-a em vitrine do movimento. Devagar, a cidade de 8 mil mil habitantes pretende chegar em 2030 totalmente transformada e independente. Hoje já são mais de 110 cidades, bairros e até ilhas em 14 países do mundo convertidas na Transição.

O conceito é simples – apesar de trabalhoso – e flexível. Segundo Hopkins, cada comunidade adapta os doze passos iniciais do movimento à sua realidade e capacidade. Esses itens são apenas guias de como começar a quebrar a nossa dependência do petróleo, revendo os modelos de economia, comida, habitação e energia. Assim, essas cidades funcionam tanto no Japão quanto nos Estados Unidos ou no Chile. A idéia é parar de depender – ou depender minimamente – da tecnologia e voltar ao tempo onde não precisávamos de geladeiras, carros, tratores e aviões. Técnicas e conhecimentos dos nossos avós e ancestrais são valorizados e resgatados.



Uma das frentes do movimento reeduca a população e estudantes em aptidões como costura, gastronomia, agricultura familiar, pequenos concertos e artes manuais como marcenaria. Iniciativas incluem a criação de jardins comunitários para plantio de comida, troca de resíduo entre indústrias ou simplesmente o reparo de itens velhos, ao invés de jogá-los no lixo. O investimento em transporte público e a troca do carro pela bicicleta é inevitável para a redução das emissões de carbono. Em Totnes até uma nova moeda – a libra de Totnes – foi criada para incentivar e facilitar transações com produtores locais.

Diferente dos fatalistas que prevêem o fim do mundo em 2012 ou quadros horríveis de fome, seca e morte, os adeptos do Transition Towns têm uma visão realista, mas positiva, do futuro. Acreditam na ação transformadora de comunidades e no trabalho pesado para mudar as estatísticas.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

A era do egoísmo terminou...

Uma nova história nasce todos os dias a todos os minutos,
Agora no momento em que existimos e sabemos quem Somos.
Neste momento em que as mudanças são demasiado evidentes para ignorarmos sabemos, felizmente, que o Código é o Amor.
Energéticamente, somos Um, em Luz e AMOR pertencemos ao Todo Divino e Próspero... A falência dos velhos costumes Acontece... Mas nós, não estamos falidos, nós encontrámos a abundância e o fio que nos conduz a um novo Mundo, onde já não estamos sós e essa Verdade eleva-nos a algo Maior, Eterno e Infinito.
O Mundo antigo desaba e ainda existe o medo de desabar com ele... famílias inteiras padecem de carência física, falta de dinheiro, economicamente, muitos fracassam e sentem que o Sonho acabou.
Mas não... o sonho torna-se REAL. Sabíamos que não é mais possível viver com os antigos hábitos, com os excessos consumistas e o isolamento a que a sociedade moderna nos acostumou. Julgamo-nos impotentes perante a crise que não acaba e o desaparecimento súbito de antigas muletas a que nos acostumá-mos por ignorância e facilitismo. Sabíamos que estava errado, que o Planeta não poderia suster esses parâmetros de vida por muito mais tempo, mas continuamos as nossas vidinhas fáceis de consumo e egoísmo cego...
Agora chegou o momento de acordar e por em prática o que sabemos, bem cá dentro que está correcto, abrir o coração e deixar o medo de lado. Unir para expandir.
Surge, finalmente, o momento em que teremos de abandonar o ego e juntar os corações em prol de um bem Maior. É necessário unir para construir uma vida socialmente, culturalmente, espiritualmente, saudável e sustentável. Só possível em comunidade.
Vocês são necessários, fundamentais... os campos estão abandonados, as crianças anseiam por novos padrões e hábitos evolutivos, as antigas doutrinas afundam. Já não estamos felizes nos empregos, as crianças abominam as escolas, os professores já não sabem como ouvir e partilhar...os amigos perdem-se no tempo e no vazio, nasce os desejos de coisas, que apenas servem para preencher momentos de vazio em vazio.
O que nos preenche? O que nos anima? O que nos dá energia e alimenta?

O AMOR, a Partilha, a natureza, a Comunidade, a criatividade e o Objectivo Global de elevar uma civilização e um maravilhoso planeta... integrando-nos, unindo-nos, respeitando as diferenças, abraçando novos desafios... sorrindo e acreditando.
O Mundo não está a acabar.. O Novo Mundo esta a nascer e Nós somos os seus criadores.
Não é difícil, não é impossível, apenas temos de nos unir... o Universo sustentará quem se integrar e abrir para a partilha, sem bloqueio.
A Nova comunidade surge, procura e segue os sinais, atrairás as pessoas que quererão em conjunto concretizar o mesmo sonho. Segue a tua intuição e mãos à obra.
Construir abrigos, plantar e semear, implementar energias renováveis, criar novas escolas, centros culturais e de festa, fomentar a amizade e a auto-evolução, ter a coragem de aceitar a diferença e lutar pela sua concretização. Vamos conseguir... tenho a certeza...
AMOR e LUZ

Alexandra Capelo

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Questoes importantes sobre o sistema educativo


Aqui esta mais uma questao que necessita novas perspectivas e novas formas de pensar, a educacao!
Neste video, Ken Robinson reflecte sobre algumas dessas coisas.
Prestem atencao!!

http://www.ted.com/talks/lang/por_pt/ken_robinson_says_schools_kill_creativity.html

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

The Story of Cap and Trade

Mais uma producao da Story of stuff, onde os negocios de "carbono" estao bem explicadinhos!



The Story of Cap and Trade

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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Desenvolvimento e Africa



Entrevista a Serge Latouche – Decrescimento e África, Fevereiro 2008, Fernanda Silva e Mario Carini

No que respeita o decrescimento, o problema em África é paradoxal. Porque de um certo ponto de vista, a ideia, o "modelo" de decrescimento, nasceu em África, nos anos 70, 80, porque a África conheceu o desenvolvimento e o desenvolvimento destruiu a África.

O desenvolvimento económico destruiu as estruturas tradicionais, os saberes-fazer, os valores, etc. E os africanos viram-se obrigados a sobreviver ao desenvolvimento: inventaram uma forma de se auto-organizar na precariedade, mas que funcionou bastante bem e que eu analisei, nos meus livros, principalmente na "L'Altra África, tra dono e mercato": a arte de se auto-organizar e substituir os bens pelas relações sociais, pelas estruturas grupais, etc.

Ora, a chamada globalização é uma ameaça terrível para esta Outra África e falar de decrescimento em África é muito perigoso, muito difícil. Porque os africanos querem ir para a Europa, porque o imaginário colonizado dos media, a ofensiva dos media é aterrorizadora.

Há vinte anos, não havia televisão nas aldeias, na cidade sim, mas nas aldeias não. Agora todos têm um telemóvel, mesmo que não funcione bem, e querem ser totalmente ocidentalizados e muitos já o são.

Portanto, a batalha, a resistência para sobreviver, a auto-organização, que mesmo na precariedade é capaz de dar prazer de viver, é ameaçada pela globalização, pela colonização do imaginário e também pelo facto de o imperialismo e a procura de matérias-primas, criarem guerras civis e toda uma instabilidade politica que provoca dificuldades.

Assim, estamos numa situação paradoxal, em que temos muito que aprender, sobre a capacidade dos africanos de se auto-organizar através dos bens relacionais, e ao mesmo tempo, é difícil convencer os africanos de que têm valores, de que têm formas de preservar, que são já um modelo de pós-modernidade, e que quando nós estaremos na grande crise, na crise ecológica, social e económica, serão mais capazes do que nós de encontrar soluções.



A proposito do ddevenvolvimento em Africa pode-se ver tambem a entrevista a Jean Leonard Touadi, dobrada em portugues por Fernanda Silva (Obrigada Fernanda!)
Entrevista a Touadi