quarta-feira, 16 de julho de 2014

Um mundo para lá do crescimento económico - conferência internacional em Leipzig


Centenas de pessoas vão juntar-se na Alemanha com o objectivo de pôr fim ao dogma do crescimento económico. Propõem o decrescimento como solução para a catástrofe ambiental e as desigualdade sociais. Uma redução voluntária da produção e do consumo – para maximizar a felicidade e o bem-estar

http://leipzig.degrowth.org/en/


“Agora apostamos tudo no crescimento económico", declarava Passos Coelho no início do mês. “Cinco medidas para promover o crescimento económico”, apresentava em resposta o PS. “A prioridade é o crescimento económico”, anunciava há meses Jean-Claude Juncker na candidatura à presidência da Comissão Europeia.

E se, mais do que para indicadores económicos, olhássemos para os recursos do planeta? E se, em vez de aumento do PIB e de produtividade, falássemos de bem-estar e de necessidades reais das pessoas? E se, em vez de crescimento económico, escolhêssemos o decrescimento?

É o que propõem economistas, cientistas e ativistas de todo o mundo que se vão juntar para a “4ª conferência internacional sobre decrescimento, pela sustentabilidade ecológica e equidade social”. De 2 a 6 de setembro, em Leipzig, na Alemanha, querem estabelecer passos concretos para uma sociedade para lá do imperativo do crescimento económico.

O decrescimento é “uma diminuição da produção e do consumo nos países industrializados, que aumente o bem estar humano e promova as condições ecológicas e a equidade no planeta”, explicam os organizadores. “Queremos uma sociedade na qual os seres humanos vivam dentro dos limites ecológicos. Em que a acumulação material não tenha uma posição central no imaginário da população.”

A proposta é uma mudança drástica nos pressupostos económicos desde a Revolução Industrial. Serge Latouche, economista francês e uma das figuras do decrescimento, afirma que “a doutrina do crescimento económico é como uma doença e uma droga. Precisamos de uma desintoxicação colectiva.”

“Todas as sociedades procuram produzir, e eventualmente crescer, para satisfazer as necessidades das populações. A nossa não: procura crescer por crescer. Porque é crescendo que consegue aquilo que está na base do nosso sistema: os lucros”, afirmava Latouche numa conferência em Lisboa, em março de 2012. “O crescimento pelo crescimento implica criar um crescimento ilimitado das necessidades das pessoas. É para isso que servem a publicidade e o marketing. Mas um crescimento ilimitado do consumo e da produção gera também um crescimento ilimitado de resíduos e poluição. Vivemos num planeta finito, que é incompatível com um crescimento infinito. Estamos portanto a caminhar para o desastre.”

Pico do petróleo, acidificação dos oceanos, alterações climáticas, erosão dos solos, perda de biodiversidade, escassez de água potável... Hoje torna-se impossível esconder quanto a actividade humana vem destruindo o equilíbrio que permite a nossa própria vida no planeta. E se por um lado se esgotam os recursos vitais, por outro a população mundial não pára de aumentar.

O crescimento é um elemento sagrado da economia capitalista. Mas para cada vez mais pessoas, nem o crescimento económico pode ser “sustentável”, nem o capitalismo pode ser “verde”. Defendem por isso uma diminuição da economia até atingir um nível sustentável, um estado de equilíbrio. Ou, nas palavras de Latouche, “sair da sociedade de consumo para uma sociedade de prosperidade sem crescimento. Reduzir o nosso consumo, o nosso tempo de trabalho, redescobrir o prazer de viver.”

O argumento é simples: se os recursos são finitos, então o crescimento também o é. E não é novo: já na década de 70 o Clube de Roma publicou o famoso relatório “Os limites ao crescimento” e o economista romeno Nicholas Georgescu-Roegen publicou “Amanhã, o Decrescimento”. No entanto partidos políticos, comentadores, economistas e jornalistas repetem até hoje os chavões da ideologia neo-liberal da União Europeia: competitividade, produtividade, inovação, tecnologia de ponta, excelência, eficiência, empreendedorismo... “As medidas anti-crise, que procuram relançar o crescimento económico, vão agravar as desigualdades e as condições ambientais a longo prazo”, avisava-se na declaração da Conferência de Barcelona em 2010. E é no seio da Europa que surge o apelo: “decrescimento hoje!”.

A Leipzig chegaram mais de 600 propostas de contribuições vindas de toda a Europa, mas também do Japão, Índia, Brasil ou Estados Unidos. O numero superou as expectativas dos organizadores da conferência, que vêm aqui uma prova do interesse cada vez maior no tema. Na abertura do evento estarão a jornalista canadiana Naomi Klein, autora do best seller “No Logo”, e Alberto Acosta, um dos pais da atual constituição do Equador, que advoga o bem estar das populações, a vida simples e comunitária em harmonia com a natureza, acima da economia de mercado.

“Chegou a altura de construirmos estruturas económicas e sociais que permitam uma boa vida para toda a gente, independente do crescimento económico. Juntamos pessoas de vários contextos para congregar forças”, afirmam os organizadores, que procuram fazer da própria conferencia um exemplo de um mundo já transformado. Exemplos? A equipa organizadora toma as decisões por consenso, usando métodos de democracia directa, e tem em conta a igualdade de género na atribuição de responsabilidades. Para que ninguém fique excluído, cada participante pode escolher por si próprio o valor que quer pagar pela participação na conferencia. Habitantes da cidade de Leipzig vão oferecer estadia gratuita em suas casas. A comida será regional, biológica e vegetariana. O evento é não-comercial, e procura colaborar com associações e projectos sem fins lucrativos, em vez de empresas. Para ajudar a que pessoas com menos meios tenham acesso à conferencia, foi ainda lançada uma campanha de crowdfunding (visionbakery.com/degrowth).

Décroissance, Postwachstum, degrowth, decrecimiento, decrescita – a conferencia vai fazer convergir uma discussão que se faz em vários lugares e em várias línguas. E o decrescimento promete tornar-se uma das palavras-chave das próximas décadas.

mais informação:
leipzig.degrowth.org

A crise da civilização ocidental e a resposta do Decrescimento - Serge Latouche na gulbenkian

A crise da civilização ocidental e a resposta do Decrescimento. Com Serge Latouche (legendado) from CIDAC on Vimeo.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

3º piquenique anual pelo Decrescimento!

No próximo Sábado dia 7 de Junho acontece por todo o mundo um piquenique pelo decrescimento, para juntar pessoas em torno da visão de uma socidade pós-crescimento. Nos últimos anos aconteceram piqueniques em mais de 70 cidades por todo o mundo. Organiza um e conversa com os teus vizinhos, colegas, família ou comunidade sobre o que pode envolver uma sociedade de decrescimento. Para pôres o teu evento no mapa, clica aqui.


sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Amanhã: FAZER PONTES, OCUPAR A RUA, PARAR O PORTO DE LISBOA


"No dia 19 de Outubro vamos bloquear o terminal de Alcântara do Porto de Lisboa, após a concentração da CGTP às 15h, em Alcântara. Vamos interromper a circulação de mercadorias no principal terminal de transporte marítimo de Portugal. (...) Queremos fazer crescer outras lutas, noutros sectores da economia, noutras áreas da vida. Queremos dizer bem alto que o problema é a exploração e a acumulação obscena de recursos por uns poucos. Queremos dizê-lo numa linguagem que não possa mais ser ignorada. Queremos parar a economia e colocá-la nas nossas mãos."

Blog e evento no facebook




4a conferência internacional do decrescimento em Leipzig, verão 2014



Depois das conferências de Paris (2008), Barcelona (2010) e Veneza no ano passado, a 4ª conferência internacional do decrescimento vai acontecer em Leipzig, Alemanha, no verão de 2014:

“The Support Group has accepted the application of the German network “Netzwerk Wachstumswende”.

The preparations for the 4th International Conference on Degrowth – Ecological sustainability and social equity: Bridging movements and research for the great transformation towards Degrowth” in Leipzig in summer 2014 have run up.
Netzwerk Wachstumswende (NEWW) is a platform for scientists, practitioners and activists dedicated to research on and implementation of Degrowth. The conference will take place in Leipzig, a former shrinking city, which is a promising venue to illustrate how vacant space has been vividly reused and conversed by the creative economy and housing projects.
The German discourse on post-growth is diverse and has gained momentum in the last years. A central aim of the conference will be to connect the different discourses and to facilitate a common struggle for a world following the degrowth path. To bridge theory and action, the organizing team will take participatory and processual strategies into account, encompassing organizational structures, diversified assets of assemblies and actions on the conference, art and practical workshops, and the follow-up process of the event.
Topics may include, but are certainly not limited to, the following fields:
  • Imagining the future: transitions to post-growth societies, institutions and social systems.
  • Dynamics and multiple crisis of growth: business-as-usual and (post-)collapse societies.
  • Country specific context: The isles of Degrowth within the “economic motor of Europe”
  • Bridging the “archipelago of Degrowth”: discovering differences and commonalities in concepts and practices.
  • Region specific context: Shrinking cities and regions: opportunities between the dictate of development & planned Degrowth
  • Building alliances between the Global South and the Global North movements and discourses.
To follow the Degrowth-path, logistics will be provided in cooperation with the numerous degrowth practicing projects, including fair mobility, vegetarian/vegan food and cooking sessions in cooperation with local CSAs and non-profit mobile kitchens.
The local scientific partners of the conference are Leipzig University, Helmholtz Centre for Environmental Research, DFG Kolleg Postwachstumsgesellschaften and Konzeptwerk Neue Ökonomie Leipzig. Relevant actors in the German post-growth and Degrowth debate have been mobilized for setting up the conference.
Further information will soon be presented on the project homepage.

terça-feira, 10 de maio de 2011

ENCUENTRO SEVILLA DECRECE 2011!!!




Os anunciamos e invitamos al acto inaugural del Primer Encuentro Local sobre Decrecimiento “Sevilla Decrece 2011" que se celebrará el próximo viernes 13 de mayo a las 17:30h. en el Paraninfo del Rectorado de la Universidad de Sevilla.


Hemos preparado un amplio programa de actividades que comienzan con la conferencia inaugural titulada “Decrecimiento como agua de mayo”, en la que tenemos la suerte de contar con la participación de Miguel Delibes de Castro, profesor de investigación en el CSIC de Sevilla, y Yayo Herrero, co-coordinadora estatal de Ecologistas en Acción y una de los referentes del movimiento decrecentista en nuestro país.

Será un acto especial, ya que es la primera vez que se presenta la "Red de Decrecimiento de Sevilla, Transición en Comunidad" ante un auditorio más amplio y también porque supone el inicio del encuentro que, con mucho cariño, hemos ido preparando a lo largo de los últimos meses a través de un proceso participativo y autogestionado en el que se han ido enredando cada vez más personas y colectivos de nuestra ciudad. Por ello, para este momento tan especial, tenemos preparadas algunas sorpresas, que no te puedes perder!!!

El encuentro se desarrollará en los días posteriores, entre el 13 y 22 de mayo en distintos espacios de nuestra ciudad, con el objetivo de dar a conocer esta nueva corriente de pensamiento y movimiento social que cuestiona de forma radical nuestra sociedad de consumo, al tiempo que teje redes que imaginan y ponen en práctica alternativas para salir de la actual crisis multidimensional.

A modo de resumen, el primer fin de semana nos acercaremos al decrecimiento -con Miguel Delibes y Yayo Herrero-, el pico del petróleo y la crisis de insostenibilidad -con Jordi Solé (Oil Crash Observatory)- y el Movimiento de Transición - con Ecoherencia-. A partir del lunes profundizaremos en propuestas, iniciativas concretas y enredos para tejer y reforzar comunidad local; y el segundo fin de semana está pensado para conocer otras experiencias, crear más y mejores lazos, con el encuentro interprovincial de iniciativas decrecentistas y la excursión por la zona norte de la ciudad.

Os informamos de que la mayoria de las actividades tienen aforo limitado, por lo que es recomendable la inscripción si quieres asegurar tu participacion.

Todas las actividades son gratuitas o de bajo coste, para cubrir los gastos de materiales, y muchas disponen de espacio de ludoteca infantil para l@s más peques. El lugar de recogida de los/as niños/as será el mismo que el de la actividad.

Os facilitamos algunos de los materiales de difusión que hemos elaborado para la ocasión. Y con los que puedes ayudarnos también a difundir el encuentro para seguir enredando y sumando gente a la corriente decreciente.

Recuperar el verdadero valor de la vida es un camino que está aún por hacer, pero es algo contagioso, así que... ¿te apuntas?

¡Participa! ¡Ven a Sevilla Decrece 2011! ¡Menos para vivir mejor!

Más información en sevilladecrece2011.blogspot.com.

Correo-e: sevilladecrece@gmail.com

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terça-feira, 3 de maio de 2011

A society of love

I have a vision: a society of Love.
I imagine a world were I would be happy and all the others around me would feel happy too, as one heart.

I would love to live in a place were people would smile at me if they passed me by, a place were I could be myself free of judgement, all of my being and it's countless expressions would be honored, valued and accepted, were I wouln'd have to hide my beauty and love from no one.
No more mental boundaries between me and the outside world, to be free,knowing that others would understand.

Feel the love in my fellow friend's eyes, and love their love. Feel happy that the light was shining trough their eyes.

A place of harmony , were every person would be a part of the puzzle, all of us making sense together, like a dance of life, with joy and peace.

A space were we can all shine, all give the very best of ourselves with no worries and no fears. A circle of trust.



A society that knows there is no "rights" and "wrongs", for every path is a path. Were there is no telling what the expressions of love would be, for we have not walked on the other person's shoes, so we cannot judge.
Being in our own shoes have told us the truth above duality, so we know within ourselves that truth, so we understand...
we can see the love under every action, every though, every smell and every colour. We know.

A place of creation, a place of birth of new ways and expressions of love, a new step in the world of matter and density, a dense understanding of the light or a light understanding of density?
Joy flowing though our cells, all of them singing life's love in harmony.

We all dream of such a place, deep down at night it sings to us, we know the truth and we long for it. We are transitioning from density to light, loving in joy every frame of the scale, from the infinite small to the macrocosms, every layer receiving light and activating itself in the big heart of love.

All we need to do is ask, and it shall be placed in front of us, every little step
guided.
It may seem long, but can you imagine the time it takes to light every layer of your complex, old being? How many layers are there? I've lost count of mine, so many that I forget about them, struggling, sometimes, to use the correct one at the right time. But then it comes...

Synchronicity, all layer synchronised among themselves and everything is perfect on that moment!
Everything is right, at the right time at the right place, and it is beautiful, and it is peaceful and it is joy.

Create, my dearests, create.
Harmony is in creativity, in the expressions of your soul. Be the arts, be the music, be the dance.

I love all, and I dream of such a place. Maybe at night, when no one else is there but you and your soul, maybe you can imagine such a place too and we dream together a world of love.
I'll meet you there.

Ana Tara

segunda-feira, 7 de março de 2011

ALMINGAS

A simplicidade voluntária está a criar novos ramos!

Estamos embrenhados, neste momento, na criação de uma Rede Algarvia de Partilha, a Almingas!



ALMINGAS
(** for english version)

O mês passado um pequeno grupo juntou-se para conversar e unir intenções, lançámos as sementes da partilha e da entre-ajuda.
**Last month a small group gathered to talk and bind intentions, spread seed of sharing and help exchange.

Queremos começar por um partilhar um dia por mês de fraternidade e trabalho, unindo esforços numa tarefa especifica, numa determinada quinta que procure ou necessite de uma mãozinha! Da-mos-lhe o nome de Mingas.
**We would like to start by sharing a fraternity and work day a month, join efforts in a specific task, at a farm that is looking for or needing a hand! We call that a Mingas.

Este mês a quinta escolhida foi a Quinta do Vale da Lama- Odiaxere - Lagos. (mapa)
** This months the farm chosen was the Quinta do Vale da Lama - Odiaxere - Lagos (map)

Dia 13 de Março, ás 9h, vamos juntar-nos para Plantar Batatas! Pela tarde, depois do almoço/ picnic partilhado, convidamos todos os interessados a juntarem-se á conversa necessária de criar objectivos precisos para a REDE, e mais algumas questões tecnicas.
** On the 13th March, at 9h am, we'll gather to seed potato's! On the afternoon, after a shared lunch/picnic, we invite all to join us to discuss the objectives of the network, and some technical issues.

Almingas é uma rede LIVRE, não existe obrigatoriedade na participação nem compromissos, qualquer um pode juntar-se ás Mingas se sentir vontade. Existe um questionário curto para preencher, que funciona como base de dados da Rede, ao que se pede aos participantes para preenche-lo!
** Almingas is a FREE network, no mandatory presence or engagement is required, one can join the mingas at any time and own pace. There is a little questionnaire to fill, that is a data base of the network, that we ask you o fill!

Cá vos esperamos!
We'll be waiting for you!

Ana Tara
Contact aloichot@gmail.com or 934240466

sábado, 4 de dezembro de 2010

A Circle of Gifts

Wherever I go and ask people what is missing from their lives, the most common answer (if they are not impoverished or seriously ill) is "community." What happened to community, and why don't we have it any more? There are many reasons – the layout of suburbia, the disappearance of public space, the automobile and the television, the high mobility of people and jobs – and, if you trace the "why's" a few levels down, they all implicate the money system.

More directly posed: community is nearly impossible in a highly monetized society like our own. That is because community is woven from gifts, which is ultimately why poor people often have stronger communities than rich people. If you are financially independent, then you really don't depend on your neighbors – or indeed on any specific person – for anything. You can just pay someone to do it, or pay someone else to do it.

In former times, people depended for all of life's necessities and pleasures on people they knew personally. If you alienated the local blacksmith, brewer, or doctor, there was no replacement. Your quality of life would be much lower. If you alienated your neighbors then you might not have help if you sprained your ankle during harvest season, or if your barn burnt down. Community was not an add-on to life, it was a way of life. Today, with only slight exaggeration, we could say we don't need anyone. I don't need the farmer who grew my food – I can pay someone else to do it. I don't need the mechanic who fixed my car. I don't need the trucker who brought my shoes to the store. I don't need any of the people who produced any of the things I use. I need someone to do their jobs, but not the unique individual people. They are replaceable and, by the same token, so am I.

That is one reason for the universally recognized superficiality of most social gatherings. How authentic can it be, when the unconscious knowledge, "I don't need you," lurks under the surface? When we get together to consume – food, drink, or entertainment – do we really draw on the gifts of anyone present? Anyone can consume. Intimacy comes from co-creation, not co-consumption, as anyone in a band can tell you, and it is different from liking or disliking someone. But in a monetized society, our creativity happens in specialized domains, for money.


(photo via American Jewish Historical Society)

To forge community then, we must do more than simply get people together. While that is a start, soon we get tired of just talking, and we want to do something, to create something. It is a very tepid community indeed, when the only need being met is the need to air opinions and feel that we are right, that we get it, and isn't it too bad that other people don't ... hey, I know! Let's collect each others' email addresses and start a listserv!

Community is woven from gifts. Unlike today's market system, whose built-in scarcity compels competition in which more for me is less for you, in a gift economy the opposite holds. Because people in gift culture pass on their surplus rather than accumulating it, your good fortune is my good fortune: more for you is more for me. Wealth circulates, gravitating toward the greatest need. In a gift community, people know that their gifts will eventually come back to them, albeit often in a new form. Such a community might be called a "circle of the gift."

Fortunately, the monetization of life has reached its peak in our time, and is beginning a long and permanent receding (of which economic "recession" is an aspect). Both out of desire and necessity, we are poised at a critical moment of opportunity to reclaim gift culture, and therefore to build true community. The reclamation is part of a larger shift of human consciousness, a larger reunion with nature, earth, each other, and lost parts of ourselves. Our alienation from gift culture is an aberration and our independence an illusion. We are not actually independent or "financially secure" – we are just as dependent as before, only on strangers and impersonal institutions, and, as we are likely to soon discover, these institutions are quite fragile.

Given the circular nature of gift flow, I was excited to learn that one of the most promising social inventions that I've come across for building community is called the Gift Circle. Developed by Alpha Lo, co-author of The Open Collaboration Encyclopedia, and his friends in Marin County, California, it exemplifies the dynamics of gift systems and illuminates the broad ramifications that gift economies portend for our economy, psychology, and civilization.

The ideal number of participants in a gift circle is 10-20. Everyone sits in a circle, and takes turns saying one or two needs they have. In the last circle I facilitated, some of the needs shared were: "a ride to the airport next week," "someone to help remove a fence," "used lumber to build a garden," "a ladder to clean my gutter," "a bike," and "office furniture for a community center." As each person shares, others in the circle can break in to offer to meet the stated need, or with suggestions of how to meet it.

When everyone has had their turn, we go around the circle again, each person stating something he or she would like to give. Some examples last week were "Graphic design skills," "the use of my power tools," "contacts in local government to get things done," and "a bike," but it could be anything: time, skills, material things; the gift of something outright, or the gift of the use of something (borrowing). Again, as each person shares, anyone can speak up and say, "I'd like that," or "I know someone who could use one of those."

During both these rounds, it is useful to have someone write everything down and send the notes out the next day to everyone via email, or on a web page, blog, etc. Otherwise it is quite easy to forget who needs and offers what. Also, I suggest writing down, on the spot, the name and phone number of someone who wants to give or receive something to/from you. It is essential to follow up, or the gift circle will end up feeding cynicism rather than community.


Finally, the circle can do a third round in which people express gratitude for the things they received since the last meeting. This round is extremely important because in community, the witnessing of others' generosity inspires generosity in those who witness it. It confirms that this group is giving to each other, that gifts are recognized, and that my own gifts will be recognized, appreciated, and reciprocated as well.

It is just that simple: needs, gifts, and gratitude. But the effects can be profound.

First, gift circles (and any gift economy, in fact) can reduce our dependence on the traditional market. If people give us things we need, then we needn't buy them. I won't need to take a taxi to the airport tomorrow, and Rachel won't have to buy lumber for her garden. The less we use money, the less time we need to spend earning it, and the more time we have to contribute to the gift economy, and then receive from it. It is a virtuous circle.

Secondly, a gift circle reduces our production of waste. It is ridiculous to pump oil, mine metal, manufacture a table and ship it across the ocean when half the people in town have old tables in their basements. It is ridiculous as well for each household on my block to own a lawnmower, which they use two hours a month, a leaf blower they use twice a year, power tools they use for an occasional project, and so on. If we shared these things, we would suffer no loss of quality of life. Our material lives would be just as rich, yet would require less money and less waste.

In economic terms, a gift circle reduces gross domestic product, defined as the sum total of all goods and services exchanged for money. By getting a gift ride from someone instead of paying a taxi, I am reducing GDP by $20. When my friend drops off her son at my house instead of paying for day care, GDP falls by another $30. The same is true when someone borrows a bike from another person's basement instead of buying a new one. (Of course, GDP won't fall if the money saved is then spent on something else. Standard economics, drawing on a deep assumption about the infinite upward elasticity of human wants, assumes this is nearly always the case. A critique of this deeply flawed assumption is beyond the scope of the present essay.)

Standard economic discourse views shrinking GDP as a big problem. When the economy doesn't grow, capital investment and employment shrink, reducing consumer demand and causing further drops in investment and employment. For the last seventy years, the solution to such crises has been (1) to lower interest rates to spur lending so that businesses have access to funds for capital investment and consumers have money to spend and create demand; (2) to increase government spending to replace stalled growth in consumer demand. These are known, respectively, as monetary stimulus and fiscal stimulus. In both cases, the goal is to "stimulate" the economy, to get it growing again. Government policy in the present economic crisis has been the same. Liberals and conservatives may disagree on the amount and type of stimulus required, but rarely does anyone – not Barack Obama, not even the most liberal member of Congress – question the desirability of growing the economy. That is because, in the current debt-based, interest-bearing money system, the absence of growth leads to rapid concentration of wealth and economic depression.

Today, however, on the fringes of political and environmental movements, the recognition is growing that society and the planet can no longer sustain further growth. For growth – which in GDP terms means the expansion in the realm of monetized goods and services – ultimately comes from the conversion of nature into commodities and the conversion of social relationships into professional services. Consider again the social gathering I described. Why don't we need each other? It is because all the gift relationships upon which we once depended are now paid services. They have been converted into service work which the market converts into cash. What is there left to convert? Whether fossil fuels, topsoil, aquifers, the atmosphere's capacity to absorb waste; whether it is food, clothing, shelter, medicine, music, or our collective cultural bequest of stories and ideas, nearly all have become commodities. Unless we can find yet new realms of nature to convert into good, unless we can find even more functions of human life to commoditize, our days of economic growth are numbered. What room for growth remains – for example in today's anemic economic recovery – comes only at an increasing cost to nature and society.


(photo via Smithsonian Institute)

From this perspective, a third consequence of the gift circle and other forms of gift economy becomes apparent. Not only does gift-based circulation subtract from GDP, it also hastens the demise of the present economic system. Any bit of nature or human relationship that we preserve or reclaim from the commodity world is one bit less that is available to sell, or to use as the basis for new interest-bearing loans. Without constant creation of new debt, existing debt cannot be repaid. Lending opportunities only occur in a context of economic growth, in which the marginal return on capital investment exceeds the interest rate. To simplify: no growth, less lending; less lending, more transfer of assets to creditors; more transfer of assets, more concentration of wealth; more concentration of wealth, less consumer spending; less consumer spending, less growth. This is the vicious circle described by economists going back to Karl Marx. It has been deferred for two centuries by the ceaseless opening up, through technology and colonization, of new realms of nature and relationship to the market. Today, not only are these realms nearly exhausted, but a shift of conscious motivates growing efforts to reclaim them for the commons and for the gift. Today, we direct huge efforts toward protecting the forests, whereas the most brilliant minds of two generations ago devoted themselves to their more efficient clearcutting. Similarly, so many of us today seek to limit pollution not expand production, to protect the waters not increase the fish catch, to preserve the wetlands - not build larger housing developments. These efforts, while not always successful, put a brake on economic growth beyond the natural limit the environment poses. From the gift perspective, what is happening is that we no longer seek merely to take from the planet, but to give back as well. This corresponds to the coming of age of humanity, transitioning from a mother-child relationship to earth, to a co-creative partnership in which giving and receiving find balance.

The same transition to the gift is underway in the social realm. Many of us no longer aspire to financial independence, the state in which we have so much money we needn't depend on anyone for anything. Today, increasingly, we yearn instead for community. We don't want to live in a commodity world, where everything we have exists for the primary goal of profit. We want things created for love and beauty, things that connect us more deeply to the people around us. We desire to be interdependent, not independent. The gift circle, and the many new forms of gift economy that are emerging on the Internet, are ways of reclaiming human relationships from the market.

Whether natural or social, the reclamation of the gift-based commonwealth not only hastens the collapse of a growth-dependent money system, it also mitigates its severity. At the present moment, the market faces a crisis, merely one of a multiplicity of crises (ecological, social) that are converging upon us. Through the turbulent time that is upon us, the survival of humanity, and our capacity to build a new kind of civilization embodying a new relationship to earth and a new, more connected, human identity, depends on these scraps of the commonwealth that we are able to preserve or reclaim. Although we have done grievous damage to earth, vast wealth still remains. There is still richness in the soil, water, cultures and biomes of this planet. The longer we persist under the status quo, the less of that richness will remain and the more calamitous the transition will be.

On a less tangible level, any gifts we give contribute to another kind of common wealth – a reservoir of gratitude that will see us through times of turmoil, when the conventions and stories that hold civic society together fall apart. Gifts inspire gratitude and generosity is infectious. Increasingly, I read and hear stories of generosity, selflessness, even magnanimity that take my breath away. When I witness generosity, I want to be generous too. In the coming times, we will need the generosity, the selflessness, and the magnanimity of many people. If everyone seeks merely their own survival, then there is no hope for a new kind of civilization. We need each others' gifts as we need each others' generosity to invite us into the realm of the gift ourselves. In contrast to the age of money where we can pay for anything and need no gifts, soon it will be abundantly clear: we need each other.

Charles Eisenstein
em http://www.realitysandwich.com/circle_gifts

"A stone circle in Wales" by Espresso Addict on Wikimedia Commons of Creative Commons Licensing.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Picnic de uma vida simples e solidária - Iniciativa global


Vamos juntar-nos na tarde de 6 de Junho para conversar sobre isto de se viver uma vida mais simples e sustentável.

Para onde vamos com esta sociedade de consumo? Que poderia ser melhor?
Como viver uma vida mais simples? etc

Iremos aproveitar esta oportunidade para gerarmos acção ao pensar também na forma de organização do dia da "Guerrilha da Horta", uma forma de trazer o espírito de comunidade e entre-ajuda para podermos passar a mensagem a cada vez mais pessoas da necessidade de uma mudança.


Assim juntamo-nos à iniciativa global: Picnic 4 Degrowth
http://picnic4degrowth.net/


?ONDE?

ALGARVE
Mata de Barão São João
Lagos
A partir das 14h


LISBOA

Em Belém, na zona arborizada em frente aos Pastéis de Belém.
Lisboa
A partir das 15h


E no resto do País, alguém organiza???

Tragam comida para partilhar, pratos, talheres (sem ser de plástico por favor) e vontade de conversar ;)

Fico à vossa espera!

domingo, 14 de março de 2010

Caminhada pela simplicidade voluntária 2010



Começa já para a semana, junta-te a nós nesta caminhada!!

http://caminhada2010.wordpress.com/

A ideia é criar um “espaço” de questionamento da vida moderna e do que realmente nos faz falta, procurando em conjunto novas soluções, e proporcionar a experiência de viver em harmonia com a natureza, ao seu ritmo, num ambiente de convivialidade.

Caminhar para deixar de correr!

Realizar-se á entre Viseu e POMBAL, com inicio a 21 de Março e termino a 11 de Abril.


Todos podem participar, é ABERTA e gratuita, passando por transportes públicos todos os dias, para que cada um caminhe o tempo que melhor se adapta a si.

Caminharemos com tudo o necessário á nossa sobrevivência, visitando quintas e projectos que partilham um espaço e um espirito connosco, por uma noite.

Por uma vida simples e solidária!

Construamos um novo presente.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

20 Teses contra o "capitalismo verde"!

O texto de abaixo é uma tradução livre de Fernanda Silva das “20 Theses against green capitalism”, de Tadzio Mueller e Alexis Passadakis, encontrado no Nowtopia de Chris Carlsson. Alexis é membro da ATTAC Alemanha e Tadzio faz parte do coletivo editorial Turbulence. Reproduzido de Apocalipse Motorizado.

1. A atual crise econômica mundial marca o fim da fase neoliberal do capitalismo. “Negócios como sempre” (financeirização, desregulação de mercados, privatização…) não são mais uma opção: novos espaços de acumulação e tipos diferentes de regulação política deverão ser criados pelos governos e corporações para manter o capitalismo de pé.

2. Além das crises econômica, política e climática, existe uma nova crise atormentando o mundo: a “biocrise”, que é o resultado da mistura suicida entre o ecossistema que garante a vida humana e a necessidade constante de expansão do capital.

3. A “biocrise” representa um perigo imenso à nossa sobrevivência coletiva. Mas, como todas as crises, também apresenta aos movimentos sociais uma oportunidade histórica: a de expor a jugular do capitalismo, ou seja, a sua incessante e destrutiva necessidade de se expandir.

4. Uma das propostas que emergiram das elites globais, a única que se relaciona com todas estas crises, é a do “New Deal” verde. Esta já não é mais a fase do capitalismo verde 1.0, da agricultura orgânica e do “faça você mesmo”, mas sim uma proposta de que esta fase “verde” do capitalismo deve continuar gerando lucros através da modernização de certas áreas de produção (carros, energia, etc).

5. O capitalismo verde 2.0 não é capaz de resolver a “biocrise” (mudanças climáticas e outros problemas ecológicos como a redução da biodiversidade), mas consegue tirar algum lucro dela. Esta postura não altera em nada a rota de colisão entre as economias de mercado e a biosfera.

6. Não estamos mais em 1930. Naquela época, através da pressão de movimentos sociais, o velho “New Deal” redistribuiu o poder e a riqueza. O “Green Deal” discutido por Obama, pelos partidos verdes ao redor do mundo e pelas corporações multinacionais está mais relacionado ao “bem-estar” das corporações do que das pessoas.

7. O “Capitalismo Verde” não vai colocar em discussão o poder daqueles que mais emitem gases de mudanças climáticas (empresas de energia, companhias aéreas, montadoras de automóveis, agricultura industrial), mas simplesmente vai despejar mais dinheiro nestas empresas, para ajudá-las a manter seus lucros mediante pequenas mudanças ecológicas, que serão muito pequenas e tomadas muito tarde.

8. Em escala planetária, os trabalhadores perderão seu poder de exigir salários decentes. Em um mundo configurado pelo “capitalismo verde”, os salários deverão estagnar ou decair para cobrir os custos da “modernização ecológica”.

9. O Estado do “capitalismo verde” será autoritário. Justificado pela ameaça de crise ecológica, o Estado irá “gerenciar” as agitações sociais que necessariamente irão emergir do aumento do custo de vida (comida, energia, etc) e do decréscimo dos salários.



10. No “capitalismo verde”, os pobres serão excluídos do consumo, empurrados para as margens, enquanto os mais ricos terão que “ajustar” seu comportamento destrutitvo indo às compras e salvando o planeta ao mesmo tempo.

11. Um estado autoritário, o aumento das desiguldades, o bem-estar das corporações: do ponto de vista da emancipação social e ecológica, o “capitalismo verde” será um desastre do qual não conseguiremos nos recuperar jamais. Hoje nós ainda temos a chance de superar paradigma suicida do crescimento constante. Amanhã, quando nos acostumarmos ao capitalismo verde, isso não será possível.

12. No “capitalismo verde” existe um perigo estabelecido: os grandes grupos ambientais passarão a desempenhar o mesmo papel que os sindicados desempenharam na era Fordista: agir como válvulas de escape para assegurar que as demandas de mudança social e que nossa raiva ficarão contidas dentro dos limites estabelecidos pelo capital e pelos governos.

13. Albert Einstein definiu “insanidade” como “fazer a mesma coisa repetidas vezes e esperar resultados diferentes”. Na década passada, apesar de Kyoto, não apenas cresceu a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, como também foi aumentada a taxa de crescimento destas emissões. Queremos apenas mais do mesmo? Não seria isso uma insanidade?

14. Os acordos climáticos internacionais promovem as falsas soluções, que geralmente visam garantir apenas a segurança energética e não atacar as mudanças climáticas. Longe de resolver crises, o comércio de carbono e as medidas a ele associadas servem apenas como escudo político para que as emissões de gases de efeito estufa continuem a ser feitas impunemente.

15. Para muitas comunidades do Sul do planeta, estas falsas soluções (biocombustíveis, “desertos verdes” e comércio de carbono) muitas vezes configuram uma ameaça maior do que as próprias mudanças climáticas.

16. Soluções reais para a crise climática não vêm de governos e corporações. Elas vêm de baixo, da sociedade global e dos movimentos que lutam por justiça climática.

17. Estas soluções incluem: não aos acordos de livre comércio, não às privatizações, não à flexibilização dos mecanismos de controle. Sim à soberania alimentar, sim ao decrescimento, sim à democracia radical e sim a deixar os recursos naturais onde eles se encontram.

18. Configurados como um movimento emergente por justiça global, devemos lutar contra dois inimigos: as mudanças climáticas e o capitalismo “fossílico” responsável por elas e, por outro lado, também será preciso lutar contra o emergente “capitalismo verde”, que não vai interromper o processo destrutivo, mas sim limitar a nossa capacidade de atuar para a impedir a destruição.

19. É claro que mudanças climáticas e acordos de livre comércio não são a mesma coisa. Mas o protocolo de Copenhagen será uma instância regulatória, da mesma forma que a OMC foi central para o capitalismo neoliberal. Então, como relacionar as duas coisas? O grupo dinamarquês KlimaX argumenta: um bom acordo é melhor do que nenhum acordo - mas nenhum acordo é melhor do que um mal acordo.

20. A chance dos governos sairem de Copenhagem com um “bom acordo” é praticamente zero. Nosso objetivo deve ser exigir soluções reais. Se isso não for possível, devemos esquecer Kyoto e impedir Copenhagem (não importa qual seja a tática).

http://www.galizalivre.org/index.php?option=com_content&task=view&id=1759&Itemid=1

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Made in...

Esta veio-me por mail, achei interessante e sintomática desta vida moderna!



(…)O ZÉ, depois de dormir numa almofada de algodão (Made in Egipt), começou o dia bem cedo, acordado pelo despertador (Made in Japan) às 7 da manhã.
 Depois de um banho com sabonete (Made in France) e enquanto o café (importado da Colômbia) estava a fazer na máquina (Made in Chech Republic), barbeou-se com a máquina eléctrica (Made in China).
 
Vestiu uma camisa (Made in Sri Lanka), jeans de marca (Made in Singapure) e um relógio de bolso (Made in Swiss).
 
Depois de preparar as torradas de trigo (produced in USA) na sua torradeira (Made in Germany) e enquanto tomava o café numa chávena (Made in Spain), pegou na máquina de calcular (Made in Korea) para ver quanto é que poderia gastar nesse dia e consultou a Internet no seu computador (Made in Thailand) para ver as previsões meteorológicas.
 
Depois de ouvir as notícias pela rádio (Made in India), ainda bebeu um sumo de laranja (produced in Israel), entrou no carro Saab (Made in Sweden) e continuou à procura de emprego.
 
Ao fim de mais um dia frustrante, com muitos contactos feitos através do seu telemóvel (Made in Finland) e, após comer uma pizza (Made in Italy), o ZÉ decidiu relaxar por uns instantes.
 
Calçou as suas sandálias (Made in Brazil), sentou-se num sofá (Made in Denmark), serviu-se de um copo de vinho (produced in Chile), ligou a TV (Made in Indonésia) e pôs-se a pensar porque é que não conseguia encontrar um emprego em PORTUGAL...

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Caminhada pela simplicidade voluntária 2010





Por uma vida simples e solidária!



A ideia é criar um “espaço” de questionamento da vida moderna e do que realmente nos faz falta, e proporcionar a experiência de viver em harmonia com a natureza, ao seu ritmo, num ambiente de convivialidade.


Caminhar para deixar de correr!


Realizar-se á entre Viseu e Pombal, com inicio a 24 de Março e termino a 9 de Abril (datas por confirmar).
Todos podem participar, é ABERTA e gratuita, passando por transportes públicos todos os dias, para que cada um caminhe o tempo que melhor se adapta a si.
Caminharemos com tudo o necessário á nossa sobrevivência, visitando quintas e projectos que partilham um espaço e um espirito connosco, por uma noite.
Por uma vida simples e solidária!
Construamos um novo presente.


http://caminhada2010.wordpress.com/

domingo, 27 de dezembro de 2009

Cidades de transição/ Transition towns

O que são cidades de transição?

Imagine cidades inteiras sustentáveis, baseadas no comércio local, independentes do petróleo e de importações de alimentos. Pois elas já existem graças à visão e ação de Rob Hopkins, criador do movimento Transition Towns (Cidades em Transição). Assustado com a dependência exterior do Reino Unido em combustível e alimentação e sabendo que esse cenário de mudança climática e escassez de petróleo só irá piorar nos próximos anos, Rob decidiu que apenas suas ações individuais como permaculturista não iriam bastar.



Com a sua vasta experiência em ecovilas e como professor de universidade, construiu um plano de mudança com o objetivo de alcançar a resiliência que, neste caso, significava a capacidade de sobreviver a choques externos como a escassez do petróleo, crises na produção de alimentos, falta de água e energia. Incluiu, nesse plano, todos os setores da sociedade – governo, setor privado e cidadãos – e todos os aspectos da vida cotidiana – saúde, educação, transporte, economia, agricultura e energia.

Sua primeira vitória foi em 2005, em Kinsale, na Irlanda, onde ensinava na universidade local, com a histórica decisão que levou o município todo a adotar o movimento como seu plano de gestão. Hopkins mudou-se então para Totnes, na Inglaterra, e transformou-a em vitrine do movimento. Devagar, a cidade de 8 mil mil habitantes pretende chegar em 2030 totalmente transformada e independente. Hoje já são mais de 110 cidades, bairros e até ilhas em 14 países do mundo convertidas na Transição.

O conceito é simples – apesar de trabalhoso – e flexível. Segundo Hopkins, cada comunidade adapta os doze passos iniciais do movimento à sua realidade e capacidade. Esses itens são apenas guias de como começar a quebrar a nossa dependência do petróleo, revendo os modelos de economia, comida, habitação e energia. Assim, essas cidades funcionam tanto no Japão quanto nos Estados Unidos ou no Chile. A idéia é parar de depender – ou depender minimamente – da tecnologia e voltar ao tempo onde não precisávamos de geladeiras, carros, tratores e aviões. Técnicas e conhecimentos dos nossos avós e ancestrais são valorizados e resgatados.



Uma das frentes do movimento reeduca a população e estudantes em aptidões como costura, gastronomia, agricultura familiar, pequenos concertos e artes manuais como marcenaria. Iniciativas incluem a criação de jardins comunitários para plantio de comida, troca de resíduo entre indústrias ou simplesmente o reparo de itens velhos, ao invés de jogá-los no lixo. O investimento em transporte público e a troca do carro pela bicicleta é inevitável para a redução das emissões de carbono. Em Totnes até uma nova moeda – a libra de Totnes – foi criada para incentivar e facilitar transações com produtores locais.

Diferente dos fatalistas que prevêem o fim do mundo em 2012 ou quadros horríveis de fome, seca e morte, os adeptos do Transition Towns têm uma visão realista, mas positiva, do futuro. Acreditam na ação transformadora de comunidades e no trabalho pesado para mudar as estatísticas.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

A era do egoísmo terminou...

Uma nova história nasce todos os dias a todos os minutos,
Agora no momento em que existimos e sabemos quem Somos.
Neste momento em que as mudanças são demasiado evidentes para ignorarmos sabemos, felizmente, que o Código é o Amor.
Energéticamente, somos Um, em Luz e AMOR pertencemos ao Todo Divino e Próspero... A falência dos velhos costumes Acontece... Mas nós, não estamos falidos, nós encontrámos a abundância e o fio que nos conduz a um novo Mundo, onde já não estamos sós e essa Verdade eleva-nos a algo Maior, Eterno e Infinito.
O Mundo antigo desaba e ainda existe o medo de desabar com ele... famílias inteiras padecem de carência física, falta de dinheiro, economicamente, muitos fracassam e sentem que o Sonho acabou.
Mas não... o sonho torna-se REAL. Sabíamos que não é mais possível viver com os antigos hábitos, com os excessos consumistas e o isolamento a que a sociedade moderna nos acostumou. Julgamo-nos impotentes perante a crise que não acaba e o desaparecimento súbito de antigas muletas a que nos acostumá-mos por ignorância e facilitismo. Sabíamos que estava errado, que o Planeta não poderia suster esses parâmetros de vida por muito mais tempo, mas continuamos as nossas vidinhas fáceis de consumo e egoísmo cego...
Agora chegou o momento de acordar e por em prática o que sabemos, bem cá dentro que está correcto, abrir o coração e deixar o medo de lado. Unir para expandir.
Surge, finalmente, o momento em que teremos de abandonar o ego e juntar os corações em prol de um bem Maior. É necessário unir para construir uma vida socialmente, culturalmente, espiritualmente, saudável e sustentável. Só possível em comunidade.
Vocês são necessários, fundamentais... os campos estão abandonados, as crianças anseiam por novos padrões e hábitos evolutivos, as antigas doutrinas afundam. Já não estamos felizes nos empregos, as crianças abominam as escolas, os professores já não sabem como ouvir e partilhar...os amigos perdem-se no tempo e no vazio, nasce os desejos de coisas, que apenas servem para preencher momentos de vazio em vazio.
O que nos preenche? O que nos anima? O que nos dá energia e alimenta?

O AMOR, a Partilha, a natureza, a Comunidade, a criatividade e o Objectivo Global de elevar uma civilização e um maravilhoso planeta... integrando-nos, unindo-nos, respeitando as diferenças, abraçando novos desafios... sorrindo e acreditando.
O Mundo não está a acabar.. O Novo Mundo esta a nascer e Nós somos os seus criadores.
Não é difícil, não é impossível, apenas temos de nos unir... o Universo sustentará quem se integrar e abrir para a partilha, sem bloqueio.
A Nova comunidade surge, procura e segue os sinais, atrairás as pessoas que quererão em conjunto concretizar o mesmo sonho. Segue a tua intuição e mãos à obra.
Construir abrigos, plantar e semear, implementar energias renováveis, criar novas escolas, centros culturais e de festa, fomentar a amizade e a auto-evolução, ter a coragem de aceitar a diferença e lutar pela sua concretização. Vamos conseguir... tenho a certeza...
AMOR e LUZ

Alexandra Capelo

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Questoes importantes sobre o sistema educativo


Aqui esta mais uma questao que necessita novas perspectivas e novas formas de pensar, a educacao!
Neste video, Ken Robinson reflecte sobre algumas dessas coisas.
Prestem atencao!!

http://www.ted.com/talks/lang/por_pt/ken_robinson_says_schools_kill_creativity.html

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

The Story of Cap and Trade

Mais uma producao da Story of stuff, onde os negocios de "carbono" estao bem explicadinhos!



The Story of Cap and Trade

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